Tuesday, April 26, 2005

Opinião: Ações que agregam valor

Muitos de nós alunos da Escola Superior de Administração, Marketing e Comunicação (ESAMC) de Sorocaba presenciamos todo o processo de iniciação que a instituição sofreu ao longo desses cinco anos de vida. É natural que devido à idade, muita coisa ainda está por vir, porém um fato muito interessante já se faz presente desde o primeiro momento: a organização. A equipe conseguiu criar um espaço muito organizado onde se pode ter acesso a qualquer tipo de informação, horários extras com os professores e até orientação por parte do diretor Sandro Vidotto. Este, aliás, que se incumbe de mostrar os resultados da ESAMC semestre a semestre para todas as salas.

Houve alguns pequenos deslizes, e é natural que haja, pois estamos lidando com um núcleo onde várias ideologias e comportamentos se fundem. Ainda não há uma linearidade no comportamento entre os funcionários, mas que pouco a pouco é aprimorada com palestras, grupos de discussão, etc. Enfim, tudo caminha para que a ESAMC se torne cada vez mais competitiva e abocanhe uma parcela maior do "share of mind" dos estudantes da região.

As reclamações mais freqüentes são com relação à atuação quase que permanente do colégio Objetivo no convívio da ESAMC. Ora, é sabido que a ESAMC divide suas contas com o Objetivo, não só por se tratar do mesmo dono, mas por usarem o mesmo espaço físico, ou como nos ensinou exaustivamente o Professor Manoel Videira, o mesmo "imobilizado permanente", e a essa definição podemos entender por prédio, carteiras, lousas, etc. Outrossim nos é sabido que o Objetivo não tarda a mudar de espaço físico pois a ESAMC cresceu de tal forma em tão pouco tempo a sutilmente "roubar" o lugar do Objetivo, fazendo com que fosse viabilizado uma outra unidade para comportar seus alunos e sua infra estrutura. Portanto, não soa bem reclamar de alguma coisa que já está sendo gradativamente modificada.

No que tange aos núcleos da ESAMC, tal como a TV, a agência e o próprio Diretório Acadêmico, percebe-se uma sutil falta de interesse e de avanço. O retorno da TV foi anunciado duas vezes nesse semestre e ainda não foi visto qualquer resultado, ainda que as sessões do Cine NAVE e as discussões após o fim dos filmes estejam ganhando cada dia mais adeptos. A agência possui a fama de "brincadeirinha", exatamente pelo fato de não haver remuneração. Mas o que poucos sabem é que tanto na TV quanto na agência adquire-se uma bagagem profissional razoavelmente considerável para um futuro encaminhamento para um estágio ou até uma efetivação remunerados. Aquela antiqüíssima máxima ainda prevalece nos dias de hoje: "quem faz a faculdade é o aluno". Não podemos esperar que as coisas caiam em nossas mãos, mas também devemos exigir algumas condições para que possamos desenvolver os trabalhos oferecidos com prazer.

Ao ver uma palestra a respeito de comunicação, o palestrante nos deu três itens sobre a missão das pessoas: o que eu faço, por que eu faço e o que eu ganho com isso. Ultimamente temos visto uma certa passividade com relação à ESAMC e muitas reclamações, porém alguns de nós não estão pensando no real papel de estarem ali. Qual é a nossa missão na ESAMC? Essa pergunta pode ser respondida individualmente ou coletivamente. O que queremos na ESAMC e para a ESAMC? O que ganharemos com isso? Se essas perguntas forem respondidas de forma lúcida e coerente, com certeza haverá uma inversão de atitude e ao invés de reclamarmos, passaremos a dar a ajuda que a faculdade tanto precisa para dar prosseguimento à sua ascensão. E não digo isso com o intuito de virar um ativista da ESAMC, mas sim para cuidar da boa imagem do lugar onde estamos no formando. As críticas devem ser feitas, mas devem ser feitas coerentemente.

Muito se tem falado da ESAMC, porém pouco se tem realmente constatado. Não estamos estudando numa faculdade criada ao "deus dará" e temos muitos profissionais capacitados ao nosso redor para fazer com que tenhamos uma formação sólida e digna. Todos sabem a capacidade que os professores têm e vários de nós almejam ser como eles um dia: livres de dogmas, independentes e reconhecidos pelo trabalho que exerceram durante muito tempo. Temos a oportunidade de reclamar sobre o que não nos agrada, sim, no entanto devemos ter um embasamento muito sólido para tal, ou então tudo que for dito não passará de uma simples reclamaçãozinha sem pé nem cabeça. A instituição está nas mãos de todos nós, e devemos fazer com que ela se erga cada vez mais.

Luiz Guilherme Amaral é estudante de Comunicação Social da ESAMC Sorocaba

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