Vox
Vai começar o Chateaval 2006
Por Luiz Guilherme Amaral
Estamos chegando a mais um Carnaval. Tudo bem, posso parecer muito ranzinza por não gostar de carnaval, mas tenho meus motivos. Mas como tudo na vida, existe o lado bom e o lado ruim. O lado ruim (estou começando por este em homenagem às piadas) é o fato de os canais de televisão abertos ficarem entopetados de mulheres sem cérebro, narrações espetaculares de avenidas de escola de samba e a velha chance de aparecer nem que seja por míseros segundos na Rede Globo, que por conseqüência dá "ibope" em revistas, programas e saites de fofoca. O lado bom é o mesmo de todo ano também: um feriado que consome uma semana inteira. O Brasil é o país do feriado. Recebi um e-mail com todos os feriados, todos 'caindo' na terça ou na segunda feira. Imaginei como este ano será ao mesmo tempo maravilhoso e improdutivo.
Neste carnaval farei como em todos os outros anos: me esconderei. Já recebi propostas para ir à praia, ficar em casa escondido no meu singelo escritório e até um acampamento evangélico. Um ateu em um acampamento evangélico. Existe um motivo mais do que nobre para eu estar lá este ano, porém ainda não me decidi entre a possível calmaria desta última opção ou a sensação de não haver limites na vida quando penso na primeira. A segunda não me é nem um pouco atraente, portanto trato-a como um 'Plano C'. Enfim, o carnaval na verdade não faz diferença nenhuma para mim, a não ser pelo fato de que ganho uns dias a mais de descanso.
Se eu fosse um guia turístico, daria a seguinte explicação sobre o carnaval: é uma festa pagã tradicional no Brasil. Movimenta valores astronômicos para a economia formal e informal e atrai turistas do mundo todo. Nesta época, as grandes cidades que fazem as festas ficam entopetadas de gringos que fazem sexo com travestis, enchem a cara de caipirinha e são alvo dos mais deseperados intérpretes que se já se viu. O Carnaval é a única época do ano em que a pederastia é permitida. Você pode se deliciar com cenas de sexo implícito em qualquer canal de televisão, ver bailes gays, pessoas pulando em cima de repórteres que não conseguem fazer a cobertura dos eventos e ainda por cima achar tudo o máximo e pedir 'bis' ano que vem.
A banda 'Funk Como Le Gusta' gravou o samba '16 toneladas', que diz em um de seus versos: quem não gosta de samba não gosta de nada. Eu gosto de samba. Gosto de Cartola, os sambas do Chico Buarque e muitos outros, mas quando o assunto é samba-enredo e tudo que o envolve, muito obrigado, mas prefiro aquela segunda opção a qual me referi no começo do texto: a minha casa.
Por Luiz Guilherme Amaral
Estamos chegando a mais um Carnaval. Tudo bem, posso parecer muito ranzinza por não gostar de carnaval, mas tenho meus motivos. Mas como tudo na vida, existe o lado bom e o lado ruim. O lado ruim (estou começando por este em homenagem às piadas) é o fato de os canais de televisão abertos ficarem entopetados de mulheres sem cérebro, narrações espetaculares de avenidas de escola de samba e a velha chance de aparecer nem que seja por míseros segundos na Rede Globo, que por conseqüência dá "ibope" em revistas, programas e saites de fofoca. O lado bom é o mesmo de todo ano também: um feriado que consome uma semana inteira. O Brasil é o país do feriado. Recebi um e-mail com todos os feriados, todos 'caindo' na terça ou na segunda feira. Imaginei como este ano será ao mesmo tempo maravilhoso e improdutivo.
Neste carnaval farei como em todos os outros anos: me esconderei. Já recebi propostas para ir à praia, ficar em casa escondido no meu singelo escritório e até um acampamento evangélico. Um ateu em um acampamento evangélico. Existe um motivo mais do que nobre para eu estar lá este ano, porém ainda não me decidi entre a possível calmaria desta última opção ou a sensação de não haver limites na vida quando penso na primeira. A segunda não me é nem um pouco atraente, portanto trato-a como um 'Plano C'. Enfim, o carnaval na verdade não faz diferença nenhuma para mim, a não ser pelo fato de que ganho uns dias a mais de descanso.
Se eu fosse um guia turístico, daria a seguinte explicação sobre o carnaval: é uma festa pagã tradicional no Brasil. Movimenta valores astronômicos para a economia formal e informal e atrai turistas do mundo todo. Nesta época, as grandes cidades que fazem as festas ficam entopetadas de gringos que fazem sexo com travestis, enchem a cara de caipirinha e são alvo dos mais deseperados intérpretes que se já se viu. O Carnaval é a única época do ano em que a pederastia é permitida. Você pode se deliciar com cenas de sexo implícito em qualquer canal de televisão, ver bailes gays, pessoas pulando em cima de repórteres que não conseguem fazer a cobertura dos eventos e ainda por cima achar tudo o máximo e pedir 'bis' ano que vem.
A banda 'Funk Como Le Gusta' gravou o samba '16 toneladas', que diz em um de seus versos: quem não gosta de samba não gosta de nada. Eu gosto de samba. Gosto de Cartola, os sambas do Chico Buarque e muitos outros, mas quando o assunto é samba-enredo e tudo que o envolve, muito obrigado, mas prefiro aquela segunda opção a qual me referi no começo do texto: a minha casa.
posted by Luiz Guilherme Amaral at 2:30 PM
2 Comments:
Olá... o Luca me indicou seu blog. Gostei do texto sobre carnaval... vc tem estilo pra escrever. Eu tb tenho um blog só que escrevo de vez em nunca... escrevi um texto ontem se quiser visitar-lo esteja a vontade. Abraço, t+.
no carnaval ser imoral é ser legal, depois disso é imoral ser imoral, prefiro ser amoral o ano inteiro
Post a Comment
<< Home